SÓIS NEGROS

Linda. Não saber de você é uma alienação sobre a vida.

Permaneço a pé na estrada, não posso domar o cavalo cujo nome

foi por outro escolhido, encerrando o elo de chamas entre as almas

No céu - dos sóis negros - diamantes em chamas - teus olhos mergulhados no Adeus.

A rua afunda na carne. A beleza é uma inteligência.

Tudo tão belo, tão belo, que a miséria é um vampiro sem vítima.

Belo o crime, bela a crise. Anjos de laboratório

químicos - envenenam o ar, e vazios, esculpem o vazio.

Lá fora uma geração inteira passeia a navalha no pescoço

cada vez que o Galo das Comunicações anuncia o envelhecimento.

A indiferença é o excstasy alucinando semáforos no amor para ser domada

pelo homem que busca o sonho. Os garotos estão no abismo

e não se deram conta que a revolta é um ovo de demônios,

meu amor, a liberdade será nossa lúcida selvageria?