SEM ESCOLHA - Poesia nº 57 do meu quarto livro "ECLIPSE"
Porque procurar-me nas almas que deliram,
Se bem aqui às nossas vistas, se deformam,
Quando vêm esses medos que nos inspiram,
Arrancando-nos carnes que as transformam?
Ah! E se eu pudesse da vida nunca me tolher,
Eu entraria na membrana penosa do negrume
Da morte, soaria meu guizo, rumo a escolher,
E voaria nas noites como fosse um vaga-lume!
Eu, tragado por Deus neste mundo condenado,
Mesmo no aviso desta minha infame deslisura,
Deixei esse meu destino, assim, inconformado!
Sou o pecado do aflito dentro de uma clausura,
Renego essa perda lúgubre onde fico plantado,
Fico frente à porta do adeus, em febril loucura!
Eduardo Eugênio Batista
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