DESILUSÃO
Mais uma vez o meu sonho
Naufraga em águas paradas
Sem poder se defender...
O meu sonho tão bonito,
Conquistado ao acaso
Teve, então, que fenecer.
Feneceu em mim por fora,
Mas por dentro está bem vivo,
Apesar de abafado.
Que tristeza é não poder
O nosso sonho viver
E vê-lo desmoronado!
Quando a voz do egoísmo
Daqueles que nos rodeiam
Deve, à força, imperar,
Tudo à nossa volta cai,
A esperança se esvai
Dos sonhos realizar.
Mas, a sensibilidade
Sempre em mim será verdade.
Vou externando-a em versos.
Se a inspiração chamar,
Nada nos fará calar:
Nela estaremos imersos.
Sonho que se sonha só,
Já nos disse o poeta,
É simplesmente um sonho.
Vou continuar sonhando
Um dia, quem sabe, encontre
Alguém que sonhe comigo.