DESILUSÃO

Mais uma vez o meu sonho

Naufraga em águas paradas

Sem poder se defender...

O meu sonho tão bonito,

Conquistado ao acaso

Teve, então, que fenecer.

Feneceu em mim por fora,

Mas por dentro está bem vivo,

Apesar de abafado.

Que tristeza é não poder

O nosso sonho viver

E vê-lo desmoronado!

Quando a voz do egoísmo

Daqueles que nos rodeiam

Deve, à força, imperar,

Tudo à nossa volta cai,

A esperança se esvai

Dos sonhos realizar.

Mas, a sensibilidade

Sempre em mim será verdade.

Vou externando-a em versos.

Se a inspiração chamar,

Nada nos fará calar:

Nela estaremos imersos.

Sonho que se sonha só,

Já nos disse o poeta,

É simplesmente um sonho.

Vou continuar sonhando

Um dia, quem sabe, encontre

Alguém que sonhe comigo.

NEUSA RAMOS
Enviado por NEUSA RAMOS em 17/03/2017
Código do texto: T5943944
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