VELA E ALMA DA VIDA - Poesia nº 45 do meu quarto livro "ECLIPSE"

Já desmontando o brilho de um sol puro,

O início da noite, eu debruçado aqui vejo.

E na fuga da existência é onde me sobejo

Em mágoas, no seu manto, agora escuro!

Da noite fico noite e sou eu o meu vazio,

E por resistência, não mais me aventuro.

Na vergonha escondida do que procuro,

Nascem sombras no destino que desvio!

Oh! Mas bem sabes tu, penumbra cálida,

Que inda a se ver em mim mistério e frio,

Eu sou muito mais que tua morte pálida,

Que pensas provocar-me pavor e arrepio!

Desterro tua madrugada muda, inválida,

E acendo a alma que me vela feito pavio!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 10/03/2017
Código do texto: T5936851
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