VELA E ALMA DA VIDA - Poesia nº 45 do meu quarto livro "ECLIPSE"
Já desmontando o brilho de um sol puro,
O início da noite, eu debruçado aqui vejo.
E na fuga da existência é onde me sobejo
Em mágoas, no seu manto, agora escuro!
Da noite fico noite e sou eu o meu vazio,
E por resistência, não mais me aventuro.
Na vergonha escondida do que procuro,
Nascem sombras no destino que desvio!
Oh! Mas bem sabes tu, penumbra cálida,
Que inda a se ver em mim mistério e frio,
Eu sou muito mais que tua morte pálida,
Que pensas provocar-me pavor e arrepio!
Desterro tua madrugada muda, inválida,
E acendo a alma que me vela feito pavio!
Eduardo Eugênio Batista
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