Mão única
Raramente compreendo,
nesse passo de descompassos intrigantes,
nesse canto de um inverno que se basta.
Não criei um conto,
era pra ser eterno.
Vivi dias e dias a procura de um único ponto que
me desse condição de enfrentar uma vida cheia de altos e baixos.
Purificando meus caminhos
pelo amor que dedico,
descobri que nada faz sentido sem ele ( o amor).
Não sei se é o único motivo,
sei que é um bom motivo.
Mas estrada de mão única.
Se fosse meu canto um pranto exangue
exaurindo em mórbidos destinos de calamidades extras,
Talvez eu fosse mais.
Doravante descobrirei outro motivo.
Quando embarquei num lugar que nada mais fazia sentido,
descobri que o verdadeiro motivo de ser alguém
é não ser nada além de si mesmo.
Não quero mais perder meu tempo,
já chorei demais...
Andei demais...