Exilado do amor
Exilado do amor
Solto na vida de um lado ao outro feito bala perdida
Muito solto, livre num feliz da vida
Mais lá bem no fundo
uma mola encolhida
Murmúrios às ocultas
Pelas velhas feridas
Chagas fétidas causadas por
Amor que jaz em tristezas
Deixará sua alma despida
Por muita luta hoje dele
Se faz esquecido
Duro o coração que ama
Sofre padece calado
Jamais reclama
Aguarda o tempo ser seu melhor
Remédio muito amargo decerto
Injustas em altas doses
Em momentos de angústia
Senti-se jogado na lama
Desejas que pare essa dor
Um vazio que deixou
Aquele que um dia em altas juras
Quebrou suas barreiras, blindagens
Fazendo acreditar no amor
Mais bruscamente em seguida
O deixou por maldade
Por vilania, por vaidade
Apenas a conquista desejou
Falou de sentimentos
Floreou aquele coração
Que nunca conheceu o amor
Iludiu mostrando o caminho
Pegou pela mão, conduziu
Encheu de esperança, alegria
Pra depois abandonar
A própria sorte, que sorte!
Como pode alguém sobreviver
A tanta maldade numa só vida
E nessa tormenta onde a dor voraz
Que consome sua alma
O transforma num exilado do amor
Algo que jamais acreditará
De novo um dia, cético ser
Movido pela latência do medo,
Tristeza, abandono e
a mais profunda dor!
Hoje segue seus dias sem
Crer no amor !
Ricardo do Lago Matos