Exilado do amor

Exilado do amor

Solto na vida de um lado ao outro feito bala perdida

Muito solto, livre num feliz da vida

Mais lá bem no fundo

uma mola encolhida

Murmúrios às ocultas

Pelas velhas feridas

Chagas fétidas causadas por

Amor que jaz em tristezas

Deixará sua alma despida

Por muita luta hoje dele

Se faz esquecido

Duro o coração que ama

Sofre padece calado

Jamais reclama

Aguarda o tempo ser seu melhor

Remédio muito amargo decerto

Injustas em altas doses

Em momentos de angústia

Senti-se jogado na lama

Desejas que pare essa dor

Um vazio que deixou

Aquele que um dia em altas juras

Quebrou suas barreiras, blindagens

Fazendo acreditar no amor

Mais bruscamente em seguida

O deixou por maldade

Por vilania, por vaidade

Apenas a conquista desejou

Falou de sentimentos

Floreou aquele coração

Que nunca conheceu o amor

Iludiu mostrando o caminho

Pegou pela mão, conduziu

Encheu de esperança, alegria

Pra depois abandonar

A própria sorte, que sorte!

Como pode alguém sobreviver

A tanta maldade numa só vida

E nessa tormenta onde a dor voraz

Que consome sua alma

O transforma num exilado do amor

Algo que jamais acreditará

De novo um dia, cético ser

Movido pela latência do medo,

Tristeza, abandono e

a mais profunda dor!

Hoje segue seus dias sem

Crer no amor !

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 26/02/2017
Reeditado em 26/02/2017
Código do texto: T5924632
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