Lágrimas de um falso poeta
Provérbios verbos canibais
Que comem nossa esperança
De sermos iguais
Destruindo o que um dia foi criança
Lágrimas lacrimejando a cólera
Lágrimas lacrimejando o desdém
Lágrimas lacrimejando a morte
Do que já foi
Amém
Sempre que olhares para o céu
Para contemplar os astros
Lembre-se que um dia foi a laranja
E agora é apenas o bagaço
Palavras não dizem tudo que penso
Pois o que digo é falso
Falsidade poética nas veias de um rato
Falácia estúpida na gleba de Odim
Oh! Pátria amada idolatrada!
Salve-se quem puder!
Burguesia corrompida e que corrompe
Na amargura da plebe rude
Pobre alma desvairada
Fica a calma pueril de um astronauta
Brasil!