Ruptura
Sinto na boca o fel amargo sem os teus beijos
Teus passos se afastando, mais e mais...
E o mesmo frio que me percorre a alma, também me dilacera o peito...
E penso: será que devo agradecer à poesia que nasce com a tua distância?
... E me respondo que não, pois ela reflete perda e denota incompetência.
Sinto ainda nas mãos uma certa ausência,
Algo que falta às minhas mãos tatear,
Sinto na mente uma lembrança confusa,
E um questionamento insano de saber ou não saber amar.
Sinto no peito uma vontade que sangra...
E neste mesmo peito uma dor constante...
Dor da incerteza, da saudade, da insônia, do desespero e da injúria!
Sinto no peito a dor de um amor em fúria!
Rose Melo