Duas faces
Quando te encontrei imaginei
ter encontrado o amor eterno,
a pessoa que me acompanharia
até o meu ciclo final.
Mas no percurso de nossas vidas
acabamos por discordar dos
caminhos a seguir e eu,
perversamente te magoei,
mesmo sem intenção de magoar,
afinal, meus antigos atos que
para mim não representavam
mal algum a alguém, para você
se assemelhavam a punhaladas
dadas direto no coração.
E segundo suas palavras,
isso minou o amor que sentias
por mim e, você mudou.
Será que por te amar demais
eu te vi como a rainha da nossa
história quando na verdade,
você era a bruxa?
Será mesmo que sua mudança
foi uma transformação?
Ou você simplesmente se deixou
vir à tona? Falo do seu verdadeiro eu,
aquela sombra negra que prevalece
dentro de você.
Não sou e nunca me colocarei na
condição de vítima, mas a leviandade
no final de tudo não veio da minha parte.
Saio inteiro e de cabeça erguida com
a convicção de que soube honrá-la
durante todo o tempo que estive
com você.
Já você, com sua arrogância e
soberba nunca irá parar para
ver e rever as suas atitudes e assim,
seguirá até o final de sua vida,
aonde certamente chegará solitária,
porém se dizendo feliz, ou seja,
continuará com as duas faces
até o fim... e sozinha.
Afinal, quem é você?