DESPERTAR
Sonhei (e como foram os sonhos insistentes
A navegarem nas ilusões tão somente)
Que não tomei por companheira aquela dor
Aquela que nasceu do adeus a teu amor
Como quem sonha e jamais deixa de sonhar
Pedindo em preces: Não me deixem despertar
Pois na alvorada, no nascer de um novo dia
A realidade, sem dó, mata a fantasia
Em notas dolentes cantei uma canção
Como exilado, de saudade e solidão
Num despertar doído, a sufocar o pranto
Sem que pudesses minhas lágrimas colher
Pois que já as tuas também tinhas de conter
A realidade nos envolveu com seu manto