É Assim...
Pagamos para nascer
Pagamos para viver
Pagamos para morrer
Não se enterra um finado
Se ele não tem uns trocados
Para sete palmos de terra, ele ter.
Pagamos o que a nós é imposto
Pagamos o que a nós é negado
E ai do filho da terra
Que se rebela do outro lado.
Este, logo encontra a terra
Que não quer para viver
É jogado em uma vala
Para o corpo apodrecer.
É assim...
A trajetória "humana"
Se não é filho de bacana
Passa a vida a mendigar
Um pedaço de pão
Para poder se alimentar.
Se alimenta de ilusão
Mas carrega no coração
A dor que não quer carregar.
Maria Lamanna.
Rio Preto - MG