No escuro
No escuro
Desespero, pânico, terror
Aqui sozinho diante de mim
Rindo das minhas lágrimas
Que rolaram, escorreram, lentamente
Umas gélidas outras quentes
Machucaram minha alma
Pobre ser inocente
Proscrito da felicidade
Do amor um indigente
Abandonado com à paixão
Que atormentado será até
O ranger de dentes
Louco ! Afogado na sua lucidez
Viaja nas lembranças desse amor
Que outrora o deixou
Eterno amor decadente
Nessa tortura o colocou
Algoz desse martírio
Sabe da sua dor !
Aprecia tudo sorridente
Aguarda que afogue-se nas suas lágrimas carmesim que no desespero na face que um dia beijou lavada com todas elas ficou
Amor eterno amor !
Porque no escuro sozinho
Me deixou olhou dentro de mim
Onde um dia teve seu amor
Agora devora-me esse vazio
No escuro que existe maior
Em mim que o desespero,
À solidão e à dor que ficou
Pelo abandono desse amor.
Ricardo do Lago Matos