DEPENDÊNCIAS

A parede, a parada
Estou aparelhado de futilidades
 
O presépio, a presença
Essa minha ausência de sentido
 
O porão, a prisão
O pão, então comprimido
 
A pose, a possessão
A apropriação do meu ser
 
O pulso, o pus
O pulo no escuro
 
Parada militar
Para limitar
Tua presença
Essência do meu viver
Teu cumprimento
Como cumprimento do dever
 
Paredes da prisão
Notícias de primeira mão
Nenhuma nota no rodapé
Pinguela quando se dá pé
Apenas peso na consciência
Dependências do que se é

 
Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 31/12/2016
Código do texto: T5868462
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