PELOS QUE MORREM
Muitos morrem.
Muitos em silêncio.
Muitos cercados
por olhares piedosos.
Muitos morrem por muito,
muitos, por nada.
Entregues a vícios mil,
morrem lentamente.
Há os que estão mortos
e nem se dão por isso:
caminham entre nós,
sem palavras,
sem rosto.
Às vezes, os vemos.
Nossos olhos,
habituados a mortes,
nem percebem
que há um morto próximo.
Silenciosos,
não falamos nada,
nem oramos.
Mas
existe sempre
possibilidade de ressurreição.
Muitos morrem.
Muitos em silêncio.
Muitos cercados
por olhares piedosos.
Muitos morrem por muito,
muitos, por nada.
Entregues a vícios mil,
morrem lentamente.
Há os que estão mortos
e nem se dão por isso:
caminham entre nós,
sem palavras,
sem rosto.
Às vezes, os vemos.
Nossos olhos,
habituados a mortes,
nem percebem
que há um morto próximo.
Silenciosos,
não falamos nada,
nem oramos.
Mas
existe sempre
possibilidade de ressurreição.