PRECATAS
PRECATAS
Só sei que o livro fechou
As páginas amarelas
Talvez carunchos
Foi paixão
idealização
Fantasia , nostalgia
Real?
Nada a declarar
Mas o príncipe
Esse virou sapo
E o castelo nunca existiu
Uma cabana de capim
O sonho do inox veio de barro
A prataria enferrujou
E infelizmente
Nenhum sonho
Na tenra velhice realizou
Seu presente é uma prisão
de sentimentos traçados
Calos nas mãos
suor na face
e uma velha precata
assina sua vida
seus pés arrastam
no dedo o elo reluz
um fio de lata.