PASSAGEIROS D'UM MESMO TREM...
De posse de uma passagem de ida, onde não há mais a volta
Carrego ciente na consciência os meus segredos em degredos
Envoltos num bornal onde a alça pesa-me os ombros, enredos...
O trem da partida segue agora em linha reta, leve e solta
Solta aos ventos e tempestades q'eu inda as espero atravessar
Coração sente o peso da maldade tentando de ti se afastar...
Sem motivos aparentes finjo e fujo de mim mesmo, fantasias...
Do trem da vida, vejo os dias passarem a lágrimas e poesias
Sou só um passageiro de um trem sem um destino certo
Tentando corrigir um coração rasurado pelos riscos do mal amor
Um amor que de tanto amá-lo, me fez sofrer pela mesma flecha
Não busco saídas mas, previ o lapso de não ter sido esperto
Ao lado do cupido, você foi quem mais ofertou-me na vida a dor
Sangraste-me à alma, dilaceraste o coração por uma única brecha...
(Simone Medeiros)
23/11/2015