NÃO SEI...
Não sei se disse a mim (ó insanidade)
a palavra que pareceu-me, de esperança era...
Não sei, se quando a proferiu, era sincera;
ou se a proferiu por pura piedade!...
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Uma palavra então jogada, assim ao léu;
que um vislumbre concedeu-me, do futuro:
não haverá de ser, o amanhã sombrio e escuro;
não haverá de ser o amanhã, um escuro véu!...
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Mas, antes de todo o acontecido, às do jogo
do amor, preliminares, chamou-me com seu jeito
tão doce; que no altar do culto profano, o leito
nossos corpos tatuamos, do amor, no fogo!...
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Quem ama assim, como amou-me aquela criatura;
como pode proferir a palavra (ó, insanidade)
que me fez emergir do lago de felicidade;
pra mergulhar no lago então, de só tortura?...
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Palavra então jogada, assim ao léu;
depois de sussurrar-me no balançar das ancas,
palavras que libertavam do pudor as trancas;
e depois do amor; um golpe assim, cruel?...
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Tormento igual ao meu, não se descreve!...
É por demais sofrido...valha me Deus!...
Pra não dizer a mim, um triste adeus;
pra minha vã esperança; disse "até breve"!...
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(GERALDO COELHO ZACARIAS)