Presente inconsciência

De estrelas que não vejo o céu anda cheio, nesses ensejos entre

minhas palavras e meus devaneios norteados pela falta de busca.

Nada ofusca. A escuridão é permanente e derrama em meu caminho

os tropeços que me ensinam a caminhar.

Tão vago quanto minha contenda é esse não sei quê, nas turvas

linhas de uma obsessão que me cega, mas não nega o arbítrio.

Impede estadas, mas recebe visitas durante as folgas permitidas

a quem nunca vem para ficar.

De noites que não se completam vejo meus dias acontecerem,

quando amanhece meu pensamento no orvalho de outras esperas profanas, enquanto dessa vida eu apenas tenho tudo aquilo o que

pode apenas estar.

SINUHE
Enviado por SINUHE em 05/11/2016
Reeditado em 16/03/2018
Código do texto: T5814229
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.