Presente inconsciência
De estrelas que não vejo o céu anda cheio, nesses ensejos entre
minhas palavras e meus devaneios norteados pela falta de busca.
Nada ofusca. A escuridão é permanente e derrama em meu caminho
os tropeços que me ensinam a caminhar.
Tão vago quanto minha contenda é esse não sei quê, nas turvas
linhas de uma obsessão que me cega, mas não nega o arbítrio.
Impede estadas, mas recebe visitas durante as folgas permitidas
a quem nunca vem para ficar.
De noites que não se completam vejo meus dias acontecerem,
quando amanhece meu pensamento no orvalho de outras esperas profanas, enquanto dessa vida eu apenas tenho tudo aquilo o que
pode apenas estar.