ROSAS VERMELHAS PERFUMADAS
Não toco as rosas
mas o perfume eu sinto,
o jardim todo florido da alma,
mas nas mãos só restam os espinhos.
Na procura do afago das rosas
sinto um leve perfume,
sob o punhal, o desejo dilacerado
agora sangra, sobre as rosas do meu jardim.
Percorre as minhas entranhas,
se esconde em outro horizonte
onde encontro o jardim das tuas rosas.
No caminhar na vida, a verdade,
o corpo, a alma abandonada
com a mesma ilusão prostrada.
Precede-me ao tudo, ao nada,
mais deixa a lembrança e o cheiro nas mãos,
das tuas rosas vermelhas perfumadas.