SEM DEPOIS

Um vendaval de horrores o arrebata

e o lança ao céu de cinza

com pensamentos soltos de si

em círculos moventes

contrários a seus próprios;

tenta inútil agarrá-los

sorvê-los de novo.

Nada!

Roda ao nada,

no vazio pesado de horrores.

Nenhum sol.

Nenhum tom.

Só pavor.

Girando enfadado

exausto

para sempre

sem depois.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 28/10/2016
Código do texto: T5805692
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