DESILUSÃO!
Nem sorte, nem cábula, faz da vida um pesar
Que possa dar sentido aos reclamos sutis
Mais queira, menos palavras, quem sabe!
Quem vive, quem sente, o gume do sabre
No rosto, nos olhos, no sorriso, no gesto
O coração execrado à dor, chora incerto
Se vive, não vive, sem viver se presta
A sofrer, a ruína, da alma, do tudo
Seu dia nas sombras, acende sua luz
Seu passo no medo, a força reduz
É sonho, sem sonho que o leva a vagar
Em meio a ondas, como águas do mar
Os marouços das vagas, o fazem calar
Nem lágrimas, mais tem, onde possa chorar!