HOJE
Meus versos não são, de fato, poesia
São da vida, reclamos, lamentos
Coisas que a alma percebe todo dia
Um "salve-se quem puder" um tormento
O mundo virou campo de batalha
Alguns se dando bem, à custa de alguém
O folgado come o pão do que trabalha
Nessa dança onde ninguém é de ninguém
Quando me aventuro a falar de poemas
Vem-me,da infância, o conceito inocente
Poesias, pensava eu, tinham como tema
Coisas de amor, de flor... de bem somente
Eu queria , de fato, saber versar
Ilustrar, em rimas ou prosa, a natureza
Cantar canções que o vento pudesse levar
Espalhando da alegria e da paz a beleza
Hoje, Velando um resto de esperança
Tento versar sobre o futuro da nação
Num último alento, penso na criança
Ainda guardo uma fé no coração