CRIANÇAS
MARIA DE FATIMA DELFINA DE MORAES
Crianças nas ruas,
sem casa, sem vida,
andam tão sozinhas
tão tristes, perdidas,
sem planos concretos,
sonhos encobertos
entre os desenganos.
Crianças escravas,
nas minas, nos campos,
trabalhos forçados,
na sina, sem rima,
ocultos segredos
de dores e medos.
Sem sonhos,
em pranto,
pureza de anjo
que a vida ceifou!
Esta é uma poesia de repúdio as crianças que estão nas ruas, nos trabalhos forçados pelo descaso, pelo desengano, por falta de apoio familiar, por falta de apoio político...