Carne
Carne
De minhas entranhas
Partes do meu ser rasga minha carne
Hoje nem sei onde eu começo
Ora onde termina você
Dum sentimento atoa
De algo sem sentido
De tantas lutas dessa vida
Sinto que te carrego comigo
Hoje sinto na minha carne
viva e crua
Coisas que de outros tempos
Ouvia em certas canções
Era um louco movimento
Coisas que só os amantes
Pensavam sentir e viver
Desse sentimento danado
Que acelera meu coração
Sei que fui descuidado
Com tal atribuição
Dela era minha primícia
Pérola preciosa jogada ao
Chão
Mais um tolo padece
Chora sofre aos céus
Ergui os olhos
Talvez esse socorro logo viesse
Da mistura de dor e vazio
Ele carrega o amargo dessa ruptura dolorosa
Que a todos Instantes mexem nessa doída ferida
Que nem está fétida pelo tempo
Ainda hoje parece fresca
Encravada no coração
Mas ainda existe uma esperança
Pra curar a chaga, sanando a dor
Curar o pobre coração
Pois o mesmo causador
Pode ser o carrasco,o veneno e o remédio
Para qualquer mal dessa vida
Esse tal de amor
Que preenche o vazio
Tornado vivo aquilo que um dia
Ela morto abandonou...
Por: Ricardo do Lago Matos