Carne

Carne

De minhas entranhas

Partes do meu ser rasga minha carne

Hoje nem sei onde eu começo

Ora onde termina você

Dum sentimento atoa

De algo sem sentido

De tantas lutas dessa vida

Sinto que te carrego comigo

Hoje sinto na minha  carne

viva e crua

Coisas que de outros tempos

Ouvia em certas canções

Era um louco movimento

Coisas que só os amantes

Pensavam sentir e viver

Desse sentimento danado

Que acelera meu coração

Sei que fui descuidado

Com tal atribuição

Dela era minha primícia

Pérola preciosa jogada ao

Chão

Mais um tolo padece

Chora sofre aos céus

Ergui os olhos

Talvez esse socorro logo viesse

Da mistura de dor e vazio

Ele carrega o amargo dessa ruptura dolorosa

Que a todos Instantes mexem nessa doída ferida

Que nem está fétida pelo tempo

Ainda hoje parece fresca

Encravada no coração

Mas ainda existe uma esperança

Pra curar a chaga, sanando a dor

Curar o pobre coração

Pois o mesmo causador

Pode ser o carrasco,o veneno e o remédio

Para qualquer mal dessa vida

Esse tal de amor

Que preenche o vazio

Tornado vivo aquilo que um dia

Ela morto abandonou...

Por: Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 20/09/2016
Reeditado em 25/03/2017
Código do texto: T5766749
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