POR PIEDADE - Poesia nº 51 do meu terceiro livro "Relevos"
Eu queria poder amá-lo uma vez somente,
Matar este desejo que me mata... carente,
Amá-lo e ser amado por um único dia,
Para satisfazer em ti, a minha alegria.
Porém, você não me quis, foi prepotente
E egoísta, mostrou-se totalmente indelicado.
Imaginou-se, quem sabe até, ser onipotente,
Mas por um erro, deu-se tarde o seu recado!
“ Mágoas ferem, mesmo que não sejam de rancor,
Pois como armas, elas ferem com dor e verdade,
E das emoções, mutilam as ausências do amor “
“ Pedras jogadas lhe voltarão em ato inimigo,
Se estas, em teu merecimento a qualquer dia,
Sejam elas por teu furor, destinos ou castigo,
Lhe ensinarem que o perdão, a tudo mudaria “
“ O tempo nos é fiel, é emissário do eterno ardor.
Sua figura traz o sol, mas também tempestades,
Nos dá a paz, alegrias, saudades, infelicidades.
Para o amor é bom, também ruim por tanta dor ”
Agora eu o vejo sempre só,
Onde tu um dia, me negaste...
Do seu triste rosto chego mesmo a ter dó,
E que na razão minha, te diga: se afaste!
E assim, por esta desejada ventura,
Qual você mesmo não fez acontecer,
Tornou-se a sua mágoa e amargura,
Por dentro do seu ego, a esmorecer!
Acreditei na minha sorte e obtive uma vitória.
E foi assim que mudei a minha triste história:
Certo dia, um belíssimo garoto me encontrou,
E em nós dois, do verdadeiro amor se provou!
Eu não sei se foi por destino, ou coincidência,
Mas essa nova paixão salvou minha decência!
Espero que tu me perdoes sem se merecer,
Pois soube que tentas a meu respeito saber.
Agora sou eu que por você nada mais sinto,
E, por favor, permaneças só, em teu recinto...
Espero que ao menos viva bem neste pesar,
Mas tuas notícias, não precisas me mandar!
Eduardo Eugênio Batista
@direitos autorais registrados
e protegidos por lei