Além

Além

Ando por caminhos estranhos

Sombrios além das minhas sombras

Fantasmas de minha alma

De além da minha mente assombra-me vultos correm ocultos

De meus olhos fechados

Mesmo cerrados não pelo medo

Só pela dor da perda desse

Meu único amor

Vejo aqueles que me atormentam

No escuro onde de olhos travados

Dessas silhuetas não fujo

Monstros da minha rica imaginação

Ora resquícios desse pobre

Outrora nobre mole coração

Busco portas e saídas

Onde haja fuga

Pra essa minha

Louca vida , talvez existência Pobre diabo já em frangalhos Nessa incansável busca

Pelos portões da sua razão Talvez hoje floreios

Os sentimentos um dia vividos nesse mísero coração

Será que tão absurdo?

Será que existe verdade nesse mundo?

Será que ainda existe amor?

Pra mim maior absurdo

Foi o amor

Que sem qualquer verdade

Num ato falho de mim

Num minuto afastou

Como uma rosa perfeita

A mais bela singela

Daquele jardim se arrancou

Pra que serve um Jardim

Sem flor?

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 18/09/2016
Reeditado em 24/03/2017
Código do texto: T5765101
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