Trem sem destino

Recostei-me e ali fiquei

Vi paisagens que nunca pensei

Vi pastos, gaivotas voando no céu azul

Fazendas, arvoredos em meio ao barro

Em trilhos sem destino

A vida passava ligeira

Coloquei minha cabeça erguida

Sentindo a brisa e a ventania

Lá fora tudo corria

E meus olhos não conseguiam fixar

Mal sabia para onde ia

Quem diria que iria voltar?

Longe e seguindo reto

Meus olhos sentiam saudades

Agora, sem teto

Sofria por antecipação

Encostado naquele banco

Sem rumo, em prantos

A vida me levava e a mente flutuava

Na longa linha férrea só sei o que eu passava

Felipe Beckmann
Enviado por Felipe Beckmann em 08/09/2016
Código do texto: T5753916
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