TAÇA INGLÓRIA
A noite entrou e não há lua nem estrelas.
Os símbolos, as letras e o canto são meros bibelôs.
Sonhos repousam num barco, no fundo do mar.
Águas turvas agitam o mar, há vermelho borbulhando
E não é o néctar vital correndo nas veias do oceano.
É o sangue das artérias do corpo desfeito,
Das palavras surdas,
É o sangue da insensatez e da vileza.
Casacas brindam o luto cravado nos corações
de muitos.
São loucos, tolos.
Nada a celebrar. Não há ganho.
Perdeu-se o elã do mapa desenhado.
Não pode haver brinde
Quando a conquista é vil.
Quando se cravou um punhal na crença.
Lá fora...aqui dentro...não há regozijo.
Os que brindam o fazem olhando para as masmorras,
para as correntes, para o corpo infantil prostituído,
para corpos aviltados, para os que dormem na sarjeta,
para o nosso ouro que se foi
E que ainda irá.
Não há ganhos.
Quando se é um, a vitória é de todos...
A noite entrou e não há lua nem estrelas.
Os símbolos, as letras e o canto são meros bibelôs.
Sonhos repousam num barco, no fundo do mar.
Águas turvas agitam o mar, há vermelho borbulhando
E não é o néctar vital correndo nas veias do oceano.
É o sangue das artérias do corpo desfeito,
Das palavras surdas,
É o sangue da insensatez e da vileza.
Casacas brindam o luto cravado nos corações
de muitos.
São loucos, tolos.
Nada a celebrar. Não há ganho.
Perdeu-se o elã do mapa desenhado.
Não pode haver brinde
Quando a conquista é vil.
Quando se cravou um punhal na crença.
Lá fora...aqui dentro...não há regozijo.
Os que brindam o fazem olhando para as masmorras,
para as correntes, para o corpo infantil prostituído,
para corpos aviltados, para os que dormem na sarjeta,
para o nosso ouro que se foi
E que ainda irá.
Não há ganhos.
Quando se é um, a vitória é de todos...
E a derrota também.
Que será?
02/08/2016
Que será?
02/08/2016