Palacete Irreal
É eu sei,
Nada que senti foi real…
Uma fantasia irracional,
apenas um fruto que eu criei.
É eu vi,
O picadeiro foi ao ar!
O bobo da corte morreu,
e o céu? Se envaideceu!
Quem me mandou construir?
Um castelo de ilusão,
baseado em toque de mão
que só eu posso ver!
Quem me mandou amar?
Um telegrama, um pergaminho…
Eu só sou uma fonte de carinho,
Que não tem nada para reter!
Eu me recuso a lembrar…
De como um dia foi bom te amar.
Esse amor, morre aqui, em mim.
Sem começo, origem, principio, mas há de ter um fim.
Posso prever…
Saudade desse sentimento…
Criado por um só momento,
que você me olhou…
Quem me mandou projetar?
Um futuro inviável,
Totalmente desmanchável,
por um simples sopro de ar…
Até imaginei,
Milhões de vezes culminando…
Um beijo coberto de um manto,
feito dos cabelos teus…
Eu me doei, perdi, sentir
Retroceder ou Prosseguir
Palavras não ditas jogadas ao chão,
Não sei em qual via perdi a razão,
Imersa no meio dessa confusão,
Jogada sem forças no chão,
Eu quero apenas tocar sua mão…
Acordo dentro do meu palacete,
E percebo que tudo foi ideal.
Apesar disso tenho dúvidas,
Será que a realidade tangencia o real?