VIRAR DE PÁGINA
Todos os dias viro de página,
O que encontro é repetitivo,
É vida absurda e selvagem
Que me deixa surpreendido.
Atentados e muitas mortes,
Confrontos e provocações,
Os homens são aldrabões,
Brincam com suas sortes.
Mais um virar doutra página,
Dou com uma criança triste
Q'anda perdida no mundo,
Sem esperança e taciturna.
Vejo uma mulher assustada,
Por ter sido contra vontade,
Da sua virgindade privada,
Por gente de tanta maldade.
Dou com casas arrasadas,
Gente morta e esfacelada,
A vida será sempre esta,
É herança que não presta.
Ruy Serrano - 23.08.2016