Na retranca
Ela vai ficando distante
Vai escorregando das vistas
Vai fugindo das mãos
Ficando na retranca...
Tem medo, quase pavor
Mantém os pés bem atrás
Olhos só observando cada gesto
cada tudo... Não quer se machucar;
Feriu tão profundo o céu
E outro céu também lhe feriu
Foi difícil por-se de pé de novo
Por pouco não desistiu;
Foi muitas lágrimas, prantos sem fim
Em quem deveria poder confiar, a apunhalou
E aos poucos do mundo foi saindo de cena
Aos poucos do ato se afastou;
Então hoje sabe que não é uma ilha
Mas mesmo não sendo, se distancia
Tem medo do que pode fazer com suas mãos
Tem pavor das tamanhas e dolorosas armadilhas!