PRAZER E PERDÃO - Poesia nº 41 do meu terceiro livro "Relevos"
A mulher, toda sem princípios, louca geme,
No colo do asqueroso vagabundo malfeitor;
Arreganha, delirante e sempre embriagada
A boca e sexo, que no corpo quente, treme!
É sim, a sua luxúria pecaminosa e agregada
Que mesmo no prazer, já não sente o amor!
Ali, o alimento que se traveste em faturas,
Nunca traz pureza no esplendor oferecido;
A menininha que com honra foi bem criada,
Muito longe estará de ser bela em ternuras.
Agora, mais tarde do que nunca, é a aliada
Nesta sina que o falso viver não faz sentido!
Chora convulsiva pela sua raiva em desatino,
Imagina no lamento o porquê de não ser feliz.
Tantos gozos derramados, fluídos de ninguém.
É como andar pelas ruas, sem ter um destino;
Ter endereço anotado e ser apagado como giz;
No amar, valores que somem de quem a tem!
Carinho não existe, há muito tempo foi embora,
Onde a cara pintada sorriu horrores escondidos.
Quem lucra com sentimentos da miséria insana,
No inferno pagará, para chegar lá não tem hora.
E tão certo como o raiar do dia, serão recolhidos.
É enfim, o preço pago por essa jornada profana!
Eduardo Eugênio Batista
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