PRAZER E PERDÃO - Poesia nº 41 do meu terceiro livro "Relevos"

A mulher, toda sem princípios, louca geme,

No colo do asqueroso vagabundo malfeitor;

Arreganha, delirante e sempre embriagada

A boca e sexo, que no corpo quente, treme!

É sim, a sua luxúria pecaminosa e agregada

Que mesmo no prazer, já não sente o amor!

Ali, o alimento que se traveste em faturas,

Nunca traz pureza no esplendor oferecido;

A menininha que com honra foi bem criada,

Muito longe estará de ser bela em ternuras.

Agora, mais tarde do que nunca, é a aliada

Nesta sina que o falso viver não faz sentido!

Chora convulsiva pela sua raiva em desatino,

Imagina no lamento o porquê de não ser feliz.

Tantos gozos derramados, fluídos de ninguém.

É como andar pelas ruas, sem ter um destino;

Ter endereço anotado e ser apagado como giz;

No amar, valores que somem de quem a tem!

Carinho não existe, há muito tempo foi embora,

Onde a cara pintada sorriu horrores escondidos.

Quem lucra com sentimentos da miséria insana,

No inferno pagará, para chegar lá não tem hora.

E tão certo como o raiar do dia, serão recolhidos.

É enfim, o preço pago por essa jornada profana!

Eduardo Eugênio Batista

@direitos autorais registrados

e protegidos por lei

Setedados
Enviado por Setedados em 07/08/2016
Código do texto: T5721570
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.