Ingrata

Meu choro é de desengano

ao lembrar a tua falsidade

cheia de tantas maldades

alguém te deu.

Meu abraço eu guardo

vivendo entre trilhas e atalhos

aprendendo a desamar.

Caço as tuas lágrimas

que não descem em tua face

como se chorar te fosse um desastre

e, cínica, não mais me amasses.

Meu choro também é de dor

por tanto amor jogado fora!

Vem pru céu

Do outro lado do céu

mora o meu anjo

ainda desabita o teu

que entre céus estranhos

passeia desejoso.

Cá eu teu inferno moro eu

cheio de saudades

e louco de vontade

de levar-te ao meu céu.