TEMPOS DO AMAR
Se você insiste em se ausentar
Pode ser que a isso me acostume
Que a angústia no peito se arrume
E não mais a solidão vá lamentar
Se não tiver de suas mãos o toque
Em breve poderei seguir sozinho
Resignado à lembrança do carinho
Com toda a dor que em mim provoque
Se meus lábios não mais encontram
Lábios seus como outrora em beijo
Não deve demorar, amor, prevejo
Que desejo deles não mais sintam
Se me falta sua voz, sua conversa
Decerto eu acharei paz no silêncio
Seu canto e encantos pois dispenso
A outros ouvirei mais que depressa
Pode ser que quando você me procure
Eu não mais esteja neste mesmo lugar
Há com certeza vários tempos do amar
Sou urgente e disto não há quem me cure