TEMPOS DO AMAR

Se você insiste em se ausentar

Pode ser que a isso me acostume

Que a angústia no peito se arrume

E não mais a solidão vá lamentar

Se não tiver de suas mãos o toque

Em breve poderei seguir sozinho

Resignado à lembrança do carinho

Com toda a dor que em mim provoque

Se meus lábios não mais encontram

Lábios seus como outrora em beijo

Não deve demorar, amor, prevejo

Que desejo deles não mais sintam

Se me falta sua voz, sua conversa

Decerto eu acharei paz no silêncio

Seu canto e encantos pois dispenso

A outros ouvirei mais que depressa

Pode ser que quando você me procure

Eu não mais esteja neste mesmo lugar

Há com certeza vários tempos do amar

Sou urgente e disto não há quem me cure

da Maia
Enviado por da Maia em 26/07/2016
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