TORMENTA (Com Veridiana Rocha)
O que eu poderia te dizer?
Se minha angústia está vazia no silenciar?
Se, na tormenta, tateio com mero olhar?
Se a calmaria foi-se do meu ser
e das esmolas ganhas por meu Romantismo tolo
Colho milhões de vozes de um Realismo inútil?
Palavras que não coincidem no papel! O que dizes?
Como, na mudez incontida, gritar?
Como, no silêncio ensurdecedor,
Aceitar o vazio da descrença,
Enquanto mergulho em dor?
Sentir é negar e negar e negar
Um algo encravado no peito?
Gritar coisas desconhecidas ao infinito?
Porém, neste peito enlouquecido,
Renasci para a vida escondida
E morri em teu mundo, emudecido,
Como vento que acalma,
E que me deixa mudo, em um mundo,
Onde sigo prisioneiro de tua alma.
Veri, agradecido pela parceria. Apesar de tristinho o texto, você fica encarregada de manter esse sorrisão por nós dois e tudo voltará a ser feliz! Abraços, menina-sorriso