CAMINHOS QUE SE ABREM PARA TRÁS...

Hoje dormem sem perfume os nossos beijos

No mesmo leito que o amor adormeceu

Murchou a flor do desejo em nossos corpos

E em marcha á ré a nossa história se perdeu.

Hoje as asas do capricho cortam o vento

A madrugada "pare" os versos que escrevi

A tempestade da discórdia é um tormento

E geme ao peito toda lágrima que engoli.

Puxo no tempo o fio do teu sorriso

Vasculho os dias que o relógio já marcou

A solidão bebe em taça se preciso

O fel do amor que na minha boca já secou.

A "maga" sorte puxa o véu negro da morte

Nossos caminhos só se abrem para trás

Soluço jovem despenca muito forte

Suspira a noite no gemido dos meus ais.

No céu da desilusão nasceu a lua

A idade tão madura careceu

Sentar no colo de uma prece e semi nua

Dizer adeus ao passado que morreu!

Tina Oliver
Enviado por Tina Oliver em 09/06/2016
Reeditado em 14/06/2016
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