CAMINHOS QUE SE ABREM PARA TRÁS...
Hoje dormem sem perfume os nossos beijos
No mesmo leito que o amor adormeceu
Murchou a flor do desejo em nossos corpos
E em marcha á ré a nossa história se perdeu.
Hoje as asas do capricho cortam o vento
A madrugada "pare" os versos que escrevi
A tempestade da discórdia é um tormento
E geme ao peito toda lágrima que engoli.
Puxo no tempo o fio do teu sorriso
Vasculho os dias que o relógio já marcou
A solidão bebe em taça se preciso
O fel do amor que na minha boca já secou.
A "maga" sorte puxa o véu negro da morte
Nossos caminhos só se abrem para trás
Soluço jovem despenca muito forte
Suspira a noite no gemido dos meus ais.
No céu da desilusão nasceu a lua
A idade tão madura careceu
Sentar no colo de uma prece e semi nua
Dizer adeus ao passado que morreu!