ADEUS
ADEUS
Fiquei combalido ao ouvir o adeus
Da musa mais linda, que me inspirava,
Com quem num sonhar ininterrupto sonhava...
Palmilhando os degraus do altar sagrado.
Do ser suprerno que me fantasiava,
Da mesma princesa que eu adorava,
Do mesmo corpo meigo que eu abraçava,
Da mesma boca tão doce que eu beijava.
Condói-te de mim que em prantos imploro,
Não vás! Não vás! Senão eu morro agora!
Porque te amei, fui feliz, enfim sonhei!
Se não fui aguerrido para ter-te comigo,
Só Deus sabe em quanta inópia soçobrava.
Ah! Se há destino?! O mesmo me açoitava...
E nem Deus me podou de ouvir o adeus
Da mesma boca tão doce que eu beijava.
Quiçá, absurda miséria fosse apenas vão sonhar,
Ó virgem dos céus e santa desta vida amante...
Para sentires na alma o furor desta paixão,
E este sentimentos somente a ti devotados,
Este amor tão imenso que sempre te amava,
Os almejos que viam o amanhã em ti cristalizado.
Que foram destruídos por um adeus desvairado
Da mesma boca tão doce que eu beijava.
Doeu nos sentimentos, afligiu à alma,
Ouvir da mesma voz que me consolava,
Do oceano de amor que me alimentava,
Da Vênus do amor que eu contemplava...
Dos ternos carinhos que me afagavam,
Dos lindos olhos que me apaixonavam,
Da mesma boca tão doce que eu beijava.
Não mais te quero, podes me esquecer...
Entre nós dois está tudo acabado.
DJALMA PEREIRA GUEDES