Fruta Amarga

Ela era a própria amargura em vida.

O fruto caído, sujo, sempre rejeitado e esquecido.

Vagava com seu corpo podre em mentiras.

A mente continuava a molestar-se em ilusões.

Os olhos ainda refletiam a dor de quem um dia teve coração.

Mãos e joelhos ralados das quedas que sofreu inúmeras vezes com a verdade.

A alma imersa em solidão.

Sua boca, seca e pálida, cantava crueldade dia após dia...

Mas cada escolha é uma renúncia.

Cada renúncia, uma fantasia, um sonho a menos.

LeHills
Enviado por LeHills em 20/05/2016
Reeditado em 20/05/2016
Código do texto: T5640880
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