Às vezes

Às vezes, para que bancar a forte?

Se a cada dia percebo que falta a sorte!

Nada ultimamente dá certo.

Estou de castigo neste deserto.

Como forma de me sacrificar.

Comete-se um deslize...

Querem logo me crucificar!

Incomoda este vazio no peito.

Que é seu lugar de direito!

Mas prefere andar na contramão.

Sozinha, deixando-me na solidão!

Às vezes, para quê em você pensar?

Se a cada instante faz pirar!

Tirou a felicidade do eixo.

Sem ao menos refletir.

Fez da vida um capricho.

Como nada valesse a pena.

A nós deixou em quarentena.

Às vezes, para quê te desejar?

Se teu corpo está à milhas de distância!

Que me deixa desvairada em ânsia.

Mesmo assim, posso te sentir.

Teu cheiro em minhas narinas...

Mesmo que esteja aí pelas esquinas.

O teu perfume me inebria.

Os meus instintos irradiam.

Mesmo que seja pura nostalgia.

Ás vezes, para quê insistir?

Se a cada tentativa vejo te partir!

Caminhando em passos largos.

Ao contrário da minha direção.

Tua ausência se faz em solidão.

Trazendo na boca um gosto amargo.

Sem perceber do cigarro um trago!

Às vezes, para quê no futuro pensar?

Se a cada passo insistimos em errar!

Cultivamos promessas em vão.

Em nossos corações a ilusão.

O presente gira em torno de nós.

Em fração de segundos.

Aos poucos desatando os nós.

No mundo me fazendo um vagabundo!

Às vezes, para quê me iludir?

Se o destino teima por nós decidir!

Nossos caminhos são segmentos paralelos.

Que um dia seguiu sem elos.

A vontade não prevaleceu.

O sonho pereceu.

O desejo não amanheceu.

Nada além não aconteceu.

Às vezes, para quê imaginar?

Se a cada quilômetro percorrido,

Não acredito que está tudo perdido.

Restaram doces recordações.

Provocam na saudade palpitações.

Lembranças na alma fixada.

Mesmo que seja longa a caminhada.

Querendo que haja outro rumo na estrada.

Como quem muda uma história.

Que pelo autor ficou esquecida.

Como quem muda a sua trajetória.

Que pelo outro foi lida.

Às vezes, para quê respostas procurar?

Se teus argumentos não posso aceitar!

O que tivemos foi perfeito.

Aconteceu na realidade.

O crime que se cometeu... Imperfeito!

Houve entrega de verdade.

Tivemos nosso engano.

Sem querer mudança de plano.

Não é possível me conformar.

Desejo este desencontro transformar!

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 18/05/2016
Código do texto: T5639135
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