Provação
Sobre os dias e as madrugadas
não paro de pensar, enclausurado em minha caverna
ouviria platão declarar seus versos
sem pensar que a vida
some a cada piscar do relógio
O jogo e a prosa misturam entre algumas ações orquestradas
entre os pilares existenciais da identidade alheia
uso o prognóstico nefasto de minhas falsas profecias que pulsam abruptamente entre o vigor da juventude e a franqueza de meus ralos fios esbranquiçados
Almas perambulam previamente de concretizar sonhos trépidos
ao invés de pulularem frescos e francos
Persuadidas, ardidas e embriagadas tropeçam embaraçadas em lágrimas e lástimas
Ora pensariam em brilhar, sobraram opacas na gaveta do edredom manchado de tinta
corpos imersos na lama, deliram sobre penas de ganso,
e vangloriam de sua própria ignorância, sem notar sua capacidade de proliferar e vociferar verdades
Algum homem honesto morrerá de devaneios
nenhuma lápide movimentará por séculos
A vida extinguirá, reles, sem o cliche de uma sarjeta