Simplicidade de uma borboleta
Meus sonhos voam livres deslizando sobre o céu...
Como se scaneasse cada pedacinho fazendo escarcéu.
Bagunçando o meu coração, deixando isolado pela solidão,
Desejando a alegria das cores da borboleta sem a ilusão.
Mas continuo presa a este chão, com amarras sobre os pés,
Os braços levanto em direção ao alto, não vejo o sonhado revés.
Por onde anda aqueles mesmos sonhos que um dia conquistei...
Impotente... E a liberdade que no passado distante tanto almejei?
Estou amordaçada e amarrada em minha própria alma...
Por algo mais além, no espírito inquieto que se manifesta.
Querendo alcançar a perfeição, a que o olhar não possibilita,
O tempo antes passava lento, hoje não possuo serena calma.
Em sorrisos se perderam, fragmentados pelos frios caminhos,
Meus passos, se não por suas sombras seguiam sozinhos...
Iluminados apenas pela luz mo que resta de esperança,
Esta mesma que em algum momento se perde, talvez se cansa.
Na espera que se faça jus de existir a sua tal condição,
De que alguém perceba uma certa quimera, até especial.
Aprimorando ainda mais o brilho, que seja primordial,
Desfazendo pela mão do destino, qualquer indagação.