Não acredite
Não acredite em palavras doces,
Elas podem te corromper.
A luz esconde a sombra,
Que aos poucos vem perturbar.
Estragando todo o prazer...
A solidão é o que sobra.
Alegria vira fumaça e desaparece,
Brincando solta pelo ar.
Não acredite em sorrisos,
Eles demonstram o cinismo.
Encobrindo o realismo,
Que se esconde nos olhares.
Feito barcos a nau pelos mares,
Enfeitiçando nossos desejos.
Impulsionando-nos nada concisos,
Onde está a realidade? Não a veja!
Agora olha para mim e me sinta:
Estou aqui sozinha neste calor,
Mas tenho o frio da decepção.
Perderam-se as cores da borboleta.
Meu dom não alegra o meu coração
Desejar o bem... Será que vale a pena?
Se em meio ao mal, tenho a alma pequena,
Invadida por uma incontida dor.