Gelo que queima

Ao percorrer o meu mundo,

Isolo-te num mar de gelo.

Quebro-te em mil pedaços,

Ignoro-te em um cem mil anos dos meus pensamentos.

E tua fala queima que nem fogo e me põe em chamas.

Chama de fúria e arrependimento.

E despedaço-te de novo.

Trituro-te.

Jogo-te no esgoto de minhas más lembranças.

Desejo-te deixar-te lá para sempre.

Num abismo para não retornar.

Para que não retornes ao meu presente.

Para que sumas.

Nem ódio quero.

Pois não quero que seja lembrado.

Você, gelo que queima, pra mim serás indiferente,

Pois não restarás em meus pensamentos.