DANOS DE AMOR
O amor
Como pode doer e ser tão insólito?
Há um momento morreria por nós
Agora parece que tudo precisa perecer.
Amei você por tantos anos
Mas não deve ter sido o suficiente
A incógnita do desejo arrebatou nossas almas
Até agora há imensuráveis lembranças vazias.
Talvez tenha sido algum gesto
Pode também um olhar despertado tudo
Quem sabe ainda um palavra
Ou simplesmente a necessidade por uma paixão!
E a névoa cobriu tudo que havia em nós de poesia
Não vejo mais você quando me suicido em seus olhos
A cerimônia funesta parece a cada segundo conduzir as sobras
Já não existo em mim e nem sei onde estará você.
Do amor, hoje vejo apenas grandes enganos
Dos segredos criados e traições jamais confessáveis
Ainda que eu componha melodias de dúvidas
Não há mais tempo, resta apenas irreparáveis danos.