Humílimo

Humílimo perante o irremediável
Agachei-me e estendi minha mão
Supliquei com voz quase inaudível
Cedi aos apelos de um ego vencido
Cobri-me com lembranças vãs
Resoluto, mas doía-me a alma
A verdade disfarçou-se de mentira?
As mãos se afastaram por destino?
E o mar de ressaca se acalmou?
A vida voltou com nova fantasia?
Do outro lado reside um mistério
Que não cabe por inteiro em mim
Porque a pequenez é minha marca
Meu mundo é tão insólito, e tanto
Que cega o que me resta de lucidez
E assim fez de mim um mero objeto
Descartável que nunca se recicla...


Té...
Obs.:

Minha poesia não representa uma realidade permanente, nem tampouco atual. Os versos foram escritos em algum instante do passsado, e pode conter ideias subjetivas do Autor em uma determinada passagem pela vida. São lembranças guardadas e que continuam intactas enquanto me restar lucidez!