Meu mundo
Olho ao redor, enxergo cinza e abstrato...
Não existe a variação, vejo mesmo tema,
Como uma pintura que não há forma.
Tento com esforço, seguir este meu dilema,
Em meio aos conflitos, como serão os atos?
Não posso me render a certos estratagemas.
Não vou mudar o meu jeito simples de ser,
Para outros com prazer enganar e satisfazer.
Neste meu mundo sou a estrangeira...
Não irei transformar a minha maneira.
Neste meu mundo sou a estrangeira...
Peça-me tudo... menos isso agora,
Pode esperar com calma pela demora.
Neste pequeno lugar sou feita de cor e luz,
Meu mundo é imenso universo que reluz.
O coração é o palco onde brilham sentimentos,
Vou vivendo, não sei... de pequenos momentos.
Engrandecendo com sutileza os instantes,
Sem saber se ao certo caminhará comigo o amor.
A poesia... amiga trás o aconchego e o calor...
Contagiando-me com intensidade o seu furor.
Neste meu mundo sou a estrangeira...
Não irei transformar a minha maneira.
Neste meu mundo sou a estrangeira...
Peça-me tudo... menos isso agora,
Pode esperar com calma pela demora.
Vou caminhando entre os campos floridos,
Seguindo o vôo da borboleta liberta.
Deixando os meus sonhos coloridos,
Permanecendo com a porta entreaberta.
Para quem saiba você possa entrar algum dia,
Usufruir em teu corpo a luz do luar que irradia.
Apenas fica o desejo que a alma contagia,
Esperando que não seja uma doce nostalgia.
Neste meu mundo sou a estrangeira...
Não irei transformar a minha maneira.
Neste meu mundo sou a estrangeira...
Peça-me tudo... menos isso agora,
Pode esperar com calma pela demora.