A desilusão do olhar!

Quisera eu nunca ter visto teu sorriso descabido,

Ter-me encantado com a poesia do teu olhar,

Ter me envolvido com o frescor de tua juventude,

Ou ter me profanado no teu corpo endeusado!

...

O que foge ao alcance dos olhos, não maltrata o coração,

O que os olhos olham o Coração inevitavelmente sente.

O que o coração sente, flagela ou eleva a alma!

...

Triste eu, que vi e amei somente o que via,

Mesmo sabendo ser tudo uma doce ilusão!

Me deste uma imagem e negaste-me a alma,

Assim, nunca permitiste que alcançasse o teu coração.

Dália Feitosa
Enviado por Dália Feitosa em 27/03/2016
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