A desilusão do olhar!
Quisera eu nunca ter visto teu sorriso descabido,
Ter-me encantado com a poesia do teu olhar,
Ter me envolvido com o frescor de tua juventude,
Ou ter me profanado no teu corpo endeusado!
...
O que foge ao alcance dos olhos, não maltrata o coração,
O que os olhos olham o Coração inevitavelmente sente.
O que o coração sente, flagela ou eleva a alma!
...
Triste eu, que vi e amei somente o que via,
Mesmo sabendo ser tudo uma doce ilusão!
Me deste uma imagem e negaste-me a alma,
Assim, nunca permitiste que alcançasse o teu coração.