Adeuses e A deuses
Adeuses e A deuses
Na imensidão,
do nada, busco,
alma perdida,
da minha, irmãs,
nesta solidão,
que rebusco,
desfalecida,
vida e morte vãs.
Navegando,
na tormenta
do não algoz,
do medo e dor.
Sobraçando,
a mão tenta,
- não a voz –
dizer "amor".
Os ventos
secam
Lamentos
que pecam.
As águas
apagam
as mágoas
que afagam.
Silêncio nu,
descobre,
tal como tu
eu - um pobre
Ai! os adeuses!
Ai! os a deuses!
Ai! os retornos!
Fodam-se deuses
e diabos cornos!