Adeuses e A deuses

Adeuses e A deuses

Na imensidão,

do nada, busco,

alma perdida,

da minha, irmãs,

nesta solidão,

que rebusco,

desfalecida,

vida e morte vãs.

Navegando,

na tormenta

do não algoz,

do medo e dor.

Sobraçando,

a mão tenta,

- não a voz –

dizer "amor".

Os ventos

secam

Lamentos

que pecam.

As águas

apagam

as mágoas

que afagam.

Silêncio nu,

descobre,

tal como tu

eu - um pobre

Ai! os adeuses!

Ai! os a deuses!

Ai! os retornos!

Fodam-se deuses

e diabos cornos!

Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 23/03/2016
Reeditado em 23/03/2016
Código do texto: T5582395
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