CORTINA

Teu amor é desengano...
Solidão que acende
A luz da sala;
Cortina rendada,
Iluminando de fumaça,
Todo cômodo, toda casa...
Teu amor é confissão...
Segredo revelado
Na escuridão do quarto,
Na imensidão da noite,
Na madrugada...
Teu amor é frieza...
Um adeus no silêncio,
Uma lágrima no vazio,
Carência plena de palavra...
Teu amor é um tempo perdido
Na velocidade do vento;
Corrida sem partida,
Sem troféu,
Sem chegada...
Vez por outra,
Ainda choro,
Sofro, questiono...
De que adiantou te descobrir,
Se não permitistes que te visse?
Pra que a ti dedicar-me tanto
Se não deixastes chegar perto?
Queres meu carinho,
Mas não consentes que te afague o rosto...
Queres meu amor,
Mas não deixas que te acaricie a alma...
Aliesh Santos
Enviado por Aliesh Santos em 22/03/2016
Reeditado em 22/03/2016
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