Quando Conta Minas
Olhas o todo em tudo
Não vês nada
O enigma explicita-se
nos teus olhos inertes
Ouves quase tudo
Não escutas nada
O silêncio aborrece
no teu pensamento barulhento
Tocas quase tudo
Não sentes nada
Degustas quase tudo
Não sentes nada
Cheiras quase tudo
Não sentes nada
Quando perto de ti
Sinto quase nada
Quando te vejo
Sinto quase nada
Quando te ouço
Sinto quase nada
Quando tento te esquecer
Trago tudo à memória.